Vejam como entender a atuação dos ecossistemas é fundamental para as marcas hoje em dia.

Trump marca um evento presencial sem noção para 20 mil pessoas em meio à crise COVID-19 e Black Lives Matter em Oklahoma.
Para participar, os interessados devem se registrar e os cadastros geram base para futuras campanhas eleitorais nas redes. Dado é ouro.

Uma jornalista americana lança um vídeo, sugerindo que as pessoas se inscrevam e não apareçam no dia, em sinal de protesto. O vídeo viraliza. Adolescentes entram na pegadinha, inundando o Tik Tok com vídeos e com o apoio de bandas coreanas, engajadas e mobilizadoras, na febre das K-Pop. Detalhe: eles se cadastram com dados falsos para detonar a base e genialmente usam o algoritmo das redes para maximizar a divulgação. Depois de 48 horas, apagam tudo para não aparecerem demais na ampla internet e fazer com que os estrategistas de Trump mudem o plano. Resultado: o evento ficou vazio. Segundo a organização, alguns poucos manifestantes na porta do estádio impediram a entrada de milhares de pessoas no comício. Mas a suspeita é que os adolescentes tenham ajudado muito na baixa audiência de um evento já sem noção.

As marcas precisam ficar atentas aos movimentos transversais e, mais do que nunca, devem ser verdadeiras em suas causas.

Veja a publicação original no The New York Times